Engraçado esse movimento, de querer algo que não se tem ou não se seja...
Explico, na ânsia de querer, por exemplo, escrever algo memorável, algo que dure para sempre, dure porque é tão verdadeiro e tão bonito que é real a cada vez ou a toda vez que se lê. Acabo me julgando "não capaz", é eu acho que tem diferença nas palavras a pesar da definição do dicionário, e então eu sento, sento e espero, sento e lamento, deixo de produzir. Deixo passar, deixo isso ir embora.
Outra coisa que penso é que se queremos ser ouvidos precisamos falar. Precisamos nos expor. Precisamos arriscar.
E aí como se sai desse ciclo? Desse fundo do poço? Como ser uma observadora atuante ou uma pesquisadora ativa?
Perguntas que não tem respostas. Perguntas que me constroem, ou será que me desconstroem?
Movem ou paralisam?
Venta ou aterrisa?
Queria me livrar dessas amarras. Voar.
Reagir.
Levantar.
Erguer a cabeça, deixar de desejar que o outro faça por mim.
A melhor foto? Só eu posso tirar.
A melhor escrita? Só eu posso escrever.
O melhor riso? Só eu posso ter.
Deixar na mão do outro eu me soltar não vai acontecer. Além de ser totalmente insano e injusto.
Reaja.
Aja.
Keep trying...
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