quinta-feira, 30 de abril de 2015

Que seja eterno enquanto dure.

Engraçado esse sentimento de deixar ir e querer que fique...

E essa sensação de distância, ouvir seus planos, e saber que não faz mais parte deles. Ouvir a leveza dos planos, sem ser obrigado a te incluir neles. É como se você tivesse sido um peso a ser carregado.

E saber que não foi, ter a certeza que fez seu melhor, que fez companhia, que deu seu melhor. Que se entregou, que foi de cabeça, que amou. E só deu para amar assim, se entregando.

E agradeço a essa entrega, não me arrependo.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Essa sou eu não fazendo força, deixando a vida levar...

Essa sou eu desistindo...

Essa sou eu desistindo sem conseguir lutar, sem conseguir me mexer...

E o que fazer com essa vida toda ao meu redor?

Infelizmente, sei que esses primeiros posts podem soar desconexos. Sem vida, cheios de tristeza e depressão. Enfim. Estou aqui me reinventando, depois de tanto tempo junto, me sentido separada, com amor e desamor, num processo doloroso de separação.

Enfim, estou aqui...

Ainda definindo os objetivos e fazendo reconexões. Paciência, as coisas vão melhorar. E vai sarar.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Qual seria o texto de despedida?

Estou aqui pensando em como me liberar desse amor, liberar no sentido de deixar ir mesmo, de não me agarrar a ele com todas minhas forças, como fiz até hoje.

Como deixar ir, sem sofrimento, sim a dor vai existir, novos problemas teremos, mas mesmo assim, que não nos cause sofrimento.

Essa espera, este último suspiro, como transcrever em um papel? E deixar de doer?

Enfim, aqui estou, ainda te querendo, ainda sonhando com a transformação, aqui estamos, parecendo dois desconhecidos, sem carinho, sem compaixão pelo outro. Aqui estamos vivendo este último suspiro. Gestando essa separação que já dura dois meses, mas que a pelo menos a dois anos está fadada ao fim.

Está doendo sim, muito, dilacerando o coração e paralisando o corpo e a alma. Que seja tranquilo. Que seja leve. Que seja "feliz". Que seja um recomeço.



Que seja amor ...

domingo, 26 de abril de 2015

Soneto de Separação

Vinicius de Moraes

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo, distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente